terça-feira, 31 de maio de 2011

Poesia na sala de aula...

O poema de hoje é mais uma contribuição da aluna Jade Garcia Rocha, do curso técnico em Informática integrado ao Ensino Médio. Foi escrito durante a aula de Filosofia, em um trabalho no qual a professora Andréia Meinerz solicitou que os alunos refletissem sobre a música "Saiba" de Arnaldo Antunes.
Segue a estrofe, fonte inspiradora de Jade, e o poema criado por ela...


"...Saiba: todo mundo teve pai
Quem já foi e quem ainda vai
Lao Tsé Moisés Ramsés Pelé
Ghandi, Mike Tyson, Salomé..."


(Arnaldo Antunes)
E o poema de Jade:


Pai


Pai é ser presente
É amar seu filho incondicionalmente
É ter autoridade
com muita seriedade
É ser amigo
e proteger dos perigos


Seu abraço faz com que se sinta seguro
E não estar mais em apuros
Seus olhos não veem defeitos
só o que é bom por direito
Sua imagem é como um espelho,
passada para seus filhos através de um conselho.


Nem todo pai é sábio,
mas não é preciso sabedoria para amar.
Nem todo pai é rei,
mas a sua casa ele sabe governar


Um pai é um grande lutador
que no seu ringue da vida vence com louvor
Um pai não precisa ter o mesmo sangue
Basta o filho ter orgulho de quem ele foi.


Não precisa ser um super-herói
ou uma pessoa importante
Para ser pai só precisa ser humano!!!


Jade Garcia Rocha
(Aluna do Curso Técnico em Informática Integrado ao Ensino Médio)

domingo, 22 de maio de 2011

Para conhecer mais: Suely Braga

Poesias de Suely Braga, autora da região do Litoral Norte.  


ODE AO GRANDE MESTRE DAS LETRAS

( in memória)

MOACYR,
Partiste.
Deixaste a saudade e a tristeza
nos corações dos amigos.
Ficamos órfãos
de teus conhecimentos,
de tua sabedoria,
de tua simplicidade,
de tua solidariedade,
de tua humanidade
e honradez.
A todos cativaste,
a todos àqueles que se aproximavam de ti.
Mestre das letras,
profundo conhecedor da História.
Um autor arauto da ficção,
reescreveste a Bíblia.
conquistaste uma legião
de leitores,admiradores
apreciadores de teu fazer literário.
Galgaste os píncaros da glória.
Vestindo o fardão dos imortais,
numa Instituição vetusta
onde só fazem parte os abonados
com exceção de Machado de Assis.
Abriu as portas para um emigrante pobre.
Deixaste um vácuo,
um profundo vazio
na Literatura Brasileira e Mundial.
Andaste pelo mundo,
proferindo palestras,conferências.
Foste Patrono de muitas Feiras de Livros.
Percorreste os corredores das Feiras,
visitando as bancas dos livreiros,
escolhendo os autores preferidos.
Sempre colaboraste com os escritores
iniciantes ,os jovens
incentivando-os com tua fala mansa.
Deixaste para nós o legado
de tua profícua obra.
Não morreste.
Ficaste presente
em tuas histórias,
que se perpetuarão para sempre
Não morreste´
Só partiste para outra dimensão
Foste e continuarás
sendo o Imortal.

(Osório, 28/02/2011)

Clique aqui para ver outra poesia de Suley Braga.
 
Conheça mais sobre a autora:
Nascida em Santo Antônio da Patrulha, Suely Braga mudou-se ainda menina para Osório, onde reside até hoje. Professora de Literatura e Língua Portuguesa e orientadora educacional, Suely publicou dezenas de antologias e participou de várias oficinas literárias, inclusive com Moacyr Scliar e Charles Kiefer. É autora de Os últimos acordes do concerto:contos e crônicas (Editora Alcance, 2007).
(Biografia da Academia dos Escritores do Litoral Norte - AELN)

terça-feira, 10 de maio de 2011

      Alvarenga Peixoto




   Liras
                             (A Bárbara Heleodora, sua esposa, remetidas
                                           do cárcere da Ilha das Cobras)


Bárbara bela, Do norte estrela, Que o meu destino Sabes guiar, De ti ausente, Triste, somente As horas passo A suspirar. Por entre as penhas De incultas brenhas, Cansa-me a vista De te buscar; Porém não vejo Mais que o desejo Sem esperança De te encontrar. Eu bem queria A noite e o dia Sempre contigo Poder passar; Mas orgulhosa Sorte invejosa Desta fortuna Me quer privar. Tu, entre os braços, Ternos abraços Da filha amada Podes gozar; Priva-me a estrela De ti e dela, Busca dois modos De me matar!

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Um café para nós

Para Tina Hatem

Quase inverno
Aqui dentro
Ainda é outono
Entrei e saí da tempestade
Desenhando força e emoção
No fim da estrada
Meus amigos estavam lá.

Quase inverno
Aqui fora
Faz frio
Minhas mãos alcançaram alguém
Quantas horas?
O avião pousou
Vamos voltar para casa.

Quase inverno
Na minha terra não tem estação
O café está pronto
Ideias, ideias, ideias
Vamos sentar e conversar
Calma, penso
A vida é poesia.

Andreza Cunha