segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Mensagem afetuosa do Professor Leandro Raizer para o escritor Moacyr Scliar

Moacyr Scliar: Homenagem a um humanista
Não caberia acrescentar nada a descrição realizada pelo professor Assis Brasil ao descrever Scliar como “absolutamente insubstituível:. No entanto, cabe sim registrar o médico humanista, preocupado com os valores sociais e profissionais num mundo dominado pela técnica e racionalidade extrema. No período que tive a honra de trabalhar com ele na antiga Fundação de Ciências Médicas de Porto Alegre (FFFCMPA), mostrou-se  sempre preocupado com a formação integral do ser humano, com a ética e com o humanismo. Sem dúvida, Scliar era um humanista.
Prof. Leandro Raizer - IFRS - Campus Osório - 28 de fevereiro de 2011.

Homenagem: Moacyr Scliar

"Acredito, sim, em inspiração, não como uma coisa que vem de fora, que "baixa" no escritor, mas simplesmente como o resultado de uma peculiar introspecção que permite ao escritor acessar histórias que já se encontram em embrião no seu próprio inconsciente e que costumam aparecer sob outras formas — o sonho, por exemplo. Mas só inspiração não é suficiente".

Na madrugada de sábado para domingo, 27 de fevereiro de 2011, Moacyr Scliar resolveu escrever outras histórias. Alçou voos mais longos a caminho do infinito. A equipe da Cafeteira Poética presta uma singela homenagem a quem contribuiu tanto para literatura gaúcha.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Neste dia chuvoso...

A chuva chove

A chuva chove mansamente ... como um sono
Que tranqüilize, pacifique, resserene ...
A chuva chove mansamente ... Que abandono!
A chuva é a música de um poema de Verlaine ...

E vem-me o sonho de uma véspera solene,
Em certo paço, já sem data e já sem dono ...
Véspera triste como a noite, que envenene
A alma, evocando coisas líricas de outono ...

... Num velho paço, muito longe, em terra estranha,
Com muita névoa pelos ombros da montanha ...
Paço de imensos corredores espectrais,

Onde murmurem velhos órgãos árias mortas,
Enquanto o vento, estrepitando pelas portas,
Revira in-fólios, cancioneiros e missais ...

(Cecília Meireles)

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

O grilo de Mario Quintana

Esta é uma sugestão do professor Nilo Barcelos Alves.

POEMA

O grilo procura
No escuro
O mais puro diamante perdido.
O grilo
Com as suas frágeis britadeiras de vidro
Perfura
As implacáveis solidões noturnas.
E se isso que tanto buscas só existe
em tua límpida loucura
– que importa? –
Exatamente isto
É o teu diamante mais puro!

(Mario Quintana)